Um homem não pode tocar em outro homem. Seja de ordem física ou íntima. O homem pode vir a se sentir incomodado ou embaraçado. Por pensar que o toque é ou o associa a gay.
Também pudera, nem bem o pinto fica duro, quando garoto, já é assediado por pedófilos precoces, que veem nele uma donzela em flor. Incorrendo no crasso erro, próprio de gays que não se assumem, de confundir ficar de quatro com a função notória no homossexual: a passividade.
Os cadetes nas Forças Armadas detestam a brincadeira do corredor polonês, onde os veteranos patolam e beliscam suas bundas, à vontade.
Igualmente incomoda se mulheres ficam admirando as bundas redondas de seus namorados, a um passo de apalpá-las. Se vierem a alisá-las, consideram um ato de provocação merecedor de um revide à altura. O estupro anal.
Imagine o homem beijar no rosto três vezes, conforme os muçulmanos se cumprimentam. Só se o beijo obedecer à linha ancestral e à descendência. Se latino, o beijo é mafioso. Anglo-saxão quer distância dos germes.
Aconselhável manter a distância como dois carros, um atrás do outro, para não causar colisão. Uma conveniente distância de gays, então, nem se fala. É que nem gripe: o contágio se encontra no ar que se respira. Se os gays pegam na perna ou fixam o olhar para que não desviem a atenção do que estão falando, já é motivo de irritação para o heterossexual convicto.
Segurar no ombro é uma aproximação que sinaliza problemas, pois insinua uma tentativa macha de puxá-lo com virilidade para arrancar um beijo arrebatador.
E o toque com classe? Fino, elegante, com personalidade. Sugere, por trás, a má intenção. Mesmo que não encoste os dedos em nenhuma parte sensível.
Aliás, sensível é que representa o perigo. Por se abrir as portas com a chave da sensibilidade e aprender a se livrar dos preconceitos. Entrar em contato com outras dimensões cuja ameaça do toque não permitia.
Quando o toque bem dado é o que expande a amizade e inaugura um canal em que se pode navegar em qualquer sentido.
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