Primeiro, a Grécia. Depois, a Irlanda e Portugal. Em perigo, Espanha e Itália. A desesperança na Europa mostra as dificuldades de um povo que, por séculos, conheceu a pobreza na nobreza do entra e sai de reis e de guerras intestinas. Sempre gastaram pouco e pouparam muito para chegar na velhice sem apertos. Até vir o euro e pensarem que ficaram ricos de uma hora pra outra com o receituário econômico do FMI. Pois, a casa caiu! A ponto de mexer num dos pilares básicos do Estado do bem-estar social: a gratuidade da saúde pública. Salário menor, nada de hora extra, perda de benefícios, aumento da taxa para cursar universidades e goraram as férias. E pensar que se incentivou o pobre e o rico no Brasil a buscar asilo no exterior, resguardando-se quanto ao seu futuro, depreciando a torto e a direito o país tropical, tangidos pelo complexo de vira-lata. Com o mesmo DNA do complexo de que não daremos conta de estádios e aeroportos na Copa do Mundo e nas Olimpíadas. Quando agora o brasileiro está fazendo o caminho de volta ao Brasil, sob os acordes da moratória que os EUA pretendem reger para sair do buraco em que se meteram ao comandar uma nova cruzada contra os islâmicos, herdeiros de Saladino.