A questão é por que só pensar em solidariedade e se tratar com muita harmonia e espírito cristão somente no dia do Natal? Enquanto no resto do ano a desagregação da família prossegue em desabalada carreira, doa a quem doer.
Lamentando que o panetone desvirtuado tenha virado uma maçaroca de chocolate para adoçar a boca de diabéticos em potencial.
Jamais abrindo mão de rabanadas em profusão que fazem mal à saúde de tão gostosas que são.
Em dúvida se a primazia ainda reside na castnha se a tâmara ataca por fora, as nozes ficaram batidas e a amêndoa se incorpora à culinária de mil e uma noites de criações gastronômicas.
Se é peru de Natal ou presunto Tender, se com farofa ou ameixas, cercado de abacaxi por todos os lados, com as cerejas se destacando como a melhor fruta do período natalino até o romper do ano que lança esperanças, excetuado quanto as brigas intestinas no seio da família.
A não ser que a reunião em família no Natal fosse para lavar a roupa suja, nunca para comemorar – comemorar o quê? Embora conste da mesa pão e vinho, digo, panetone e vinho, dignos de uma ceia que não seria propriamente de apóstolos, mas de litigantes engasgados com espinhas de bacalhau por não conseguirem engolir rusgas, personalidades que não se cruzam e diferenças, muitas diferenças, sendo a maior de todas, conviver com o ser humano.
Feliz Natal!
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