FHC desalojou Gabeira do lugar de patrono dos maconheiros quando no filme “Quebrando o Tabu” assumiu seu papel de protagonista na defesa da descriminalização da maconha. E ficou doidão, declarando que não é privatista nem neoliberal, e sim a favor do Estado e contra o mercado. O que ele não confirma ao longo das comemorações de seus 80 anos bem vividos em que a mídia o endeusa como a vanguarda de movimentos sociais. FHC afirma que país desenvolvido é país de emprego bom e qualificado e que os milhões de empregos gerados pelo governo Lula não passam de mera reposição – do tanto que sua era desempregou. Quanta mesquinhez em acusar o populacho de alienação por estar desfrutando de uma prosperidade sem igual em tempos republicanos. Isso lá é coisa que se diga do povo de Lula: “saímos da fase de escassez para uma fase do tem, mas não serve, tem, mas não funciona”! No último dia de seu mandato em 2002, assinou sem saber o decreto sobre a manutenção do sigilo eterno para documentos ultrassecretos de Estado, que está provocando toda essa celeuma. Volta ao seu estado normal quando reconhece que, embora houvesse razões para o impeachment de Lula, tiveram de recuar, já que não se depõe um presidente sem o apoio das ruas. Senão vira golpe. E fama de golpista é tudo o que o acadêmico e intelectual Fernando Henrique Cardoso não desejaria levar dessa vida.