Há os que votaram em Marina insatisfeitos com a imagem congelada de Dilma, mas que retornarão o voto ao PT, por verem no Serra o inimigo. Há os que votaram em Marina só porque queriam demonstrar oposição e votarão no Serra como a única oposição que restou. O eleitorado de Marina não votará em bloco no 2º turno, simplesmente porque ela não é nenhum Brizola que jamais vacilou no momento das grandes decisões quando o destino do país estivesse em jogo. Como a redução marcante da miséria e da pobreza, a inclusão social de milhões de brasileiros com geração de empregos e renda e o crescimento da autoestima da população e da credibilidade internacional. Apesar do seu cabedal, votou-se na Marina porque era novidade – o cara, para a grande maioria dos eleitores que não são partidários. Do mesmo jeito que Lula é maior do que o PT, Marina saiu desta eleição muito maior do que o PV, ao deixar claro que não vê diferença entre Dilma e Serra. Sua votação embasbacou a todos e a colocou numa dimensão que precisará tomar partido. Pelo andar da carruagem, Marina optará pela neutralidade. Que ela não pense que sua luta contra as elites rurais pode torná-la neutra. O agronegócio e os apologistas do desmatamento deram-lhe uma trégua para que sua causa alcançasse os grandes meios de comunicação e facilitasse o caminho para Serra.
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