Roberto Gurgel lembrou o procurador-geral da República do governo FHC, Aristides Junqueira, que ficou conhecido por engavetar todas e nem assim causar repúdio numa mídia, à época, leniente com os tucanos. O julgamento do mensalão é líquido e certo, não cabe recuo e não há por que fazer ilação com manobras para desestabilizá-lo e à sua mulher subprocuradora. Sucede que ninguém é intocável, seja o Gurgel, procurador-geral atual, seja a mídia protegendo a companheira Veja, seja o juiz supremo Gilmar Mendes, companheiro do mesmo clube político de Gilmar Mendes (parou de dar declarações à imprensa). Quando cogitaram do impeachment do Lula, não foi pesado se seria desastroso para a democracia brasileira. Quem agora recomenda prudência, é sinal de que quer abafar.