O que surpreende no gesto de Lula jogar camisinhas para o público no Sambódromo, a título de estimular a campanha de se cuidar no ápice da alegria com as escolas de samba, é a Igreja ter se cansado e se rendido aos perigos das doenças transmissíveis. Não se pode mais negar, no país do Carnaval, o sexo em caráter de não reproduzir, na contramão de gerar rebentos, na escalada do prazer. Vai que dá certo e vira família. E até, posteriormente, filhos. Buscando um atalho, se pode chegar no mesmo lugar. É na diversidade que surge o verdadeiro amor. O amor serve para aplainar diferenças ditas impossíveis. E pode adentrar pela porta de trás, quando é pela frente que se costuma ver a cara e quais suas intenções. A camisinha libera o amor e evita os seus perigos, ao mesmo tempo. Diminuindo-se o preconceito, avançou-se mais.