A queda de um drone (aeronave não tripulada com alta tecnologia) em território iraniano fez o Irã se lembrar, com indignação, como Bin Laden foi encontrado no Paquistão para ser morto e outro grupo da al-Qaeda foi bombardeado e trucidado no Iêmen. São ações encobertas e implementadas pelos militares e pela inteligência americana para impedir que o regime de Teerã vá adiante em seu programa nuclear e produza a bomba atômica. São programas de vigilância desenvolvidos para evitar mortes inúteis de pilotos americanos e perdas de aviões caríssimos. O uso destes artefatos faz do combate uma espécie de jogo de videogame, sem soldados em campo, apenas com alguém à frente do monitor acionando quem irá morrer a partir dos aviões controlados à distância. O projeto deve ir longe e o seu custo se justificar pois, no futuro, as pessoas que frequentamos, nossos encontros furtivos, as transações ilegais, os amores ocultos, enfim, tudo que transparecer suspeito em nossa intimidade poderá ser alvo de investigação como serviço pago para vasculhar nossa privacidade e entregar o ouro ao bandido que deseja destruir com nossas vidas. É quando o discurso de quem não deve não teme vai afundar num abrir e fechar de olhos.