Os bolsonaristas nunca admitem que são a favor da ditadura ou de golpe – tal como seu líder nazista. Nem muito menos confessam que desprezam a democracia funcionando com os seus três poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, em harmonia. Mas pregam uma intervenção militar constitucional, pouco se importando se existe contradição ou uma coisa negar outra, pois seu raciocínio alquebrado encontra sintonia no general Villas Bôas, comandante do Exército no governo Temer, que cultua a tese das Forças Armadas como poder moderador para garantir a aplicação da Constituição. A carta de George Washington de Oliveira (aquele que pretendia explodir o aeroporto de Brasília) a Bolsonaro reforça essa linha de argumentação golpista: “Foi o senhor que despertou esse espírito em nós, o senhor sabe muito bem disso!”. Fazendo alusão ao Bolsonaro nos anos 1980, quando ele montou um complô para explodir bombas em quartéis do Exército. O resultado de ditaduras mal investigadas ou punidas é 50 anos depois é que se confirma o assassinato do poeta chileno Pablo Neruda, Prêmio Nobel de Literatura de 1971, por envenenamento atestado por países como Canadá e Dinamarca, com 100% de certeza. Apenas 12 dias transcorridos do golpe militar no Chile, em setembro de 1973, Pinochet mandaria injetar o veneno em Neruda, enquanto ele dormia, internado em hospital para se tratar de um suposto câncer na próstata. Ainda acordou para sentir que havia sido picado, avisando seu motorista. Circulava veneno na alma de Pinochet, e dos tantos quantos que só conseguem conviver com os que têm pensamento contrário, se os mantiver subjugados debaixo de seus cascos.