O senador Mourão, ex-vice de Bolsonaro, admite que houve pensamento de ruptura entre os militares, mas não ação golpista: “golpe é quando o Exército põe tropa na rua e dá tiros para tomar o poder”. Mourão agora não aborda o voto fraudado, a mentira inventada por Bolsonaro para justificar o golpe. Ninguém fala mais do auxílio emergencial, concedido em ano de eleição e por isso ilegal, pois voltado para comprar o voto do contribuinte e graças ao Congresso vendido ao Bolsonaro em troca do orçamento secreto. Mourão afirma que o golpe não passou de uma conspiração “tabajara” (antigamente se chamaria tupiniquim, igual a ele) e destaca que o Exército agiu dentro da legalidade após a derrota de Bolsonaro. Mourão agora desmoraliza Bolsonaro, por não ter capacidade nem de promover um golpe e muito menos governar um país. Quando Mourão foi eleito senador pelo Rio Grande do Sul graças ao Bolsonaro e ao eleitor gaúcho, que já foi mais inteligente e capaz de revelar políticos como Brizola e Getúlio Vargas, e agora reduz sua significância, votando no Mourão e reelegendo o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, o responsável pela inundação na sua cidade, provocada pela tragédia climática de 2024 que arrasou com o estado outrora mais politizado do Brasil.