O capitalismo sofre de incontinência urinária, espirra falência para todos os lados do planeta. A Inglaterra, o berço da moderna privatização, acaba de nacionalizar parte substancial de seu sistema bancário. Não por achar que o Estado dirigirá melhor e sim porque os bancos precisam de dinheiro público para manter o fluxo de crédito e a circulação da moeda. Hoje, defender o capitalismo implica intervenção do Estado para evitar uma depressão e dor de cabeça maior no próximo fim de semana. Sarkosy anunciou que o laissez-faire terminou; não se pode deixar a economia à solta, sem interferências. As finanças necessitam de regulamentação e de limites para os ladrões de terno e gravata roubarem menos. O filho perdulário – o mercado – precisa de um pai todo-poderoso – o Estado – para cobrir suas leviandades.