Quando ela olha fundo nos meus olhos para reafirmar que está interessada, sem poder revelar isso de longe, porque nem mesmo me conhece, é porque o amor é verdadeiro. Sou crédulo, não é carência, em absoluto. Os olhos não perderam essa esperança pedofilamente juvenil, seu desejo lateja, mas confunde-se entre o lobo ou o lobisomem que arrancará um beijo daquela boca sedenta. Prefere baixar os olhos e recatar-se ao abrigo da solidão, que não oferece maiores atrativos, porém garante distância da angústia que o amor provoca. De sair de dentro de si e se entregar ao primeiro que atingir seu ponto fraco e trazê-la para a vida presente.
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