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O CULTO À MENTIRA

Inspirado no Espírito de Joanna de Ângelis, e que bem se aplica aos dias atuais, no mundo inteiro: o culto à mentira. É dos comportamentos mais vis a que o ser humano se submete. Logo se diluindo ante o fragor dos fatos que se acumulam e desvelam a verdade, incansável em vencer a mentira.
A mentira é responsável por substancial parte dos sofrimentos humanos, como consequência do livre-arbítrio ao alardear a calúnia, manifestando de forma grave e destrutiva a infâmia e a crueldade com seus semelhantes. A maledicência produz irrefreavelmente conteúdos perturbadores, fruto de uma imaginação doentia onde os sentimentos infelizes predominam.
Mas a mentira não resiste ao transcurso do tempo, pois não há nada de verdadeiro que a sustente. Não à toa que vá mudando de versão ante cada dúvida levantada. Quem dela se vale, padece do medo de um dia vir a ser desmascarado, já que a verdade é o inimigo mortal da mentira.
A mentira teme o confronto com a verdade. Por não medir as consequências do que faz, costuma se refugiar nas sombras, maquinando às escondidas, embora encontrando guarida em inúmeras oportunidades para o ser humano aprender a dissociar uma coisa da outra.
A verdade jamais se camufla. Externa-se afirmativamente e com dignidade, parecendo robusta e valente graças à sua intrínseca força natural, já que permanece a mesma em todas as épocas. Semelhante à luz, irradia-se naturalmente, pois ninguém consegue ocultá-la.
Todavia a verdade nem sempre é aceita, por convidar à responsabilidade e ao discernimento, como pedra angular da consciência e fator ético-moral de conduta saudável. Mas a verdade sabe esperar e permanecer íntegra, enquanto seus opositores envelhecem, adoecem e morrem. A mentira é de breve existência, engana por um lapso de tempo e se desfaz na névoa que sinaliza o correr dos anos, tornando seus seguidores um anátema, à margem da sociedade, amaldiçoados e execrados.
Jesus Cristo já havia elevado a verdade ao Alto quando afirmou: “Busca a verdade e a verdade te libertará”. Mas encontrarás inimigo pela frente, no momento em que descobrires a verdade e ela encimar sua trajetória como uma santa padroeira. A verdade incomoda ao pisar nos seus pés, sem dó nem piedade, se não está preparado para ouvi-la ou assimilá-la. O que deu margem a diversas interpretações da verdade. Quando ela é vilipendiada em favor da perversidade e da maldade ou ultrajada por falsos profetas, no instante em que a empregam com má-fé de envergonhar qualquer crente – arvorando-se em donos da verdade contra a palavra inconteste de Cristo.

Antonio Carlos Gaio:
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