É a primeira vez, não que um juiz de primeira instância condena um ex-presidente, e sim que esse mesmo juiz (Moro) comanda um julgamento com a intenção clara e insofismável de perseguir e condenar (Lula), ficando exultante de (pensar em) erradicar da vida política o maior líder já surgido no Brasil desde Getúlio Vargas (atestado por seus votos em dois escrutínios e pela aprovação que remanesceu na população, além de respeitado no exterior). Com base em minguado (para um porte de ex-presidente) milhão de reformas (essa é a verdadeira cifra que interessa, não a divulgada pelo juiz) num apartamento chinfrim em Guarujá, que comprovadamente não era seu (por terem desistido da aquisição), atestado por delação premiada que se beneficiou da liberdade oferecida por Moro para incriminar Lula, ao mudar depoimentos anteriores. Em troca de supostos favores prestados a empreiteiras junto à Petrobras, sem restar comprovada a ilação ao arrolar indícios que só ratificam o caráter maligno da empreitada persecutória, e que denunciam um juiz que não procura fazer justiça, e sim se realizar como inquisidor obcecado. Com completo domínio e competência do regime processual para inverter a balança da Justiça e ter a coragem de condenar um ser humano inocente, sem receio de um dia ser abatido pelas penas da lei, a qual subverteu. Afinal de contas, somos um país ainda em formação, com uma vocação enorme para trair e execrar a quem já deu a mão. Nunca antes, em tempos republicanos, um juiz foi encarregado de expurgar o maior inimigo do establishment como autêntico carrasco institucional.