O projeto aprovado, de autoria do senador Roberto Requião do PMDB do Paraná, do direito de resposta aos órgãos da imprensa por quem se sente ofendido por algum comentário ou notícia vem restabelecer a verdade dos fatos quando a parte atingida conquista o direito à divulgação gratuita da resposta com o mesmo destaque, publicidade, periodicidade e dimensão da matéria ofensiva. O que já começa a causar temor na mídia (ou seria tremor?) pelo teor do que veicula vir a ser descoberto pelos manipulados, objetos de lavagem cerebral, pelos bem-intencionados ludibriados, falsos ingênuos, ou pelos alienados, os analfabetos políticos, os hoje rebeldes sem causa. É matéria feita de encomenda para defender o status quo, privilégios e castas enquistadas numa sociedade ainda escravagista e de imobilidade nas classes sociais, jamais enaltecendo a importância da redistribuição de renda e das políticas de inclusão desenvolvidas há mais de uma década, embora apologista da sociedade de consumo, mas se preocupando com o rumo que o país tomará com a elevação do padrão de vida das massas. Fala de corrupção como se não tivesse crescido às custas do dinheiro público injetado pela ditadura militar para noticiar que não existia tortura no país e tudo corria às mil maravilhas, pouco se importando, desde que o regime autoritário foi defenestrado, em dar satisfação do que faz ou deixa de fazer quando torce e distorce o noticiário. O direito de resposta regulamentado veio para dar um fim a esses desmandos em nome da liberdade de expressão.