Enquanto novos conhecimentos são agregados ao espírito humano acerca das forças que regem o Universo, o sofrimento dos desajustados não revela nenhuma alteração. Apesar das profundas transformações por que o mundo passa, permitem que o materialismo continue a ressecar as fontes que alimentam o coração. Quantos não se acham ameaçados pelo desânimo?
Não unicamente os idosos na atualidade terrestre. E sim todos os corações em que a violência da desconexão precipitada de nossas raízes e formação relega às sombras do pessimismo, do desalento e do desequilíbrio. São homens ou mulheres que, de um momento para outro, se reconhecem a sós, em franco desespero, quando outrora se empenhavam na formação da família.
Criaturas que, na mocidade, já se atiravam ao descontrole emocional e que interiormente ficavam à mercê dos próprios impulsos. Buscando um refúgio onde podiam se defender de forças malignas que as remetiam à perturbação ou loucura. Quando não crianças, órfãs de pais vivos, entregues aos conflitos dos adultos que as trouxeram à existência.
Quando não engrossavam as filas dos marginalizados e os ninhos de delinquência, completamente apartados de um mínimo de organização e disciplina necessário para tocar a vida, em direção aos sanatórios de recuperação das forças mentais, senão às enfermidades em que se vislumbra o corredor para a morte prematura.
Para esse desfile pesado e doloroso de almas frustradas é que se te pede apoio. Claro que não poderias suportar a carga de incontáveis desajustados que enxameiam o mundo atualmente. Em razão disso, ninguém espera de ti espetáculos de grandeza, para os quais não nos achamos talhados. Apenas se te roga uma possível parcela de trabalho, mínima que seja, a fim de que o lume da fé seja sustentado na Terra. Ante as nuvens de perturbação que se avolumam sobre quase todos os grupos sociais do mundo, ninguém exige que te transformes no sol a promover a extinção total das trevas. Por amor a Deus e amor ao próximo, traze a tua migalha de amor e a tua réstia de luz.
Baseado no Espírito Emmanuel, extraído do livro “Algo Mais”, psicografado por Francisco Cândido Xavier
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