Rafael Correa é o mais novo presidente de democracias sul-americanas que estão resgatando a identidade de seus povos, elegendo os Estados Unidos do Brasil como seu inimigo. Só por ser responsável por um terço dos investimentos produtivos no Equador, atrás apenas da Argentina. Nada mais natural do que imitar a Bolívia e anunciar calote no Brasil – nos empréstimos concedidos pelo BNDES para financiar obras de infra-estrutura em território equatoriano. A política do Itamaraty de passar a mão na cabeça e ser generoso com a onda nacionalista que grassa no continente, em troca de o Brasil tocar o projeto de integração regional na América do Sul e usufruir das demandas de los hermanos com o aumento do mercado consumidor, desperta ódio da postura imperialista. Mas se o Equador apenas faz fronteira com Peru e Colômbia, também inimigos, tendo diante de si o Oceano Pacífico, por que os nostálgicos do Barão do Rio Branco querem limpar a honra ferida das cores brasileiras? É só sentar à mesa e ter paciência.
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