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O ESTADO DEMOCRÁTICO DE ISRAEL PODE CONDENAR O REGIME AIATOLÁ DO IRÃ?

Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, manterá o bloqueio à Faixa de Gaza, caso contrário, seria permitir que a região se transformasse em base de mísseis iranianos cujos efeitos se estenderiam até a própria Europa. Relembra que seu dever é inspecionar todos os barcos que aportam à Terra Prometida, caso contrário, Gaza se tornará um porto iraniano, abalando o equilíbrio do Mar Mediterrâneo. A agressão aos amantes da paz foi exemplar para conter a ameaça atômica que vem do Irã e já conta com o apoio branco de Joe Binden, o vice de Obama, no interesse maior do Estado judaico. O embargo adotado por Israel para derrubar o Hamas em 2007 ou, pelo menos, para eles ficarem quietinhos no campo de concentração reservado ao seu povo, tem o seu modelo no imposto pelos EUA a Cuba, que só resultou no empobrecimento de ambas as populações.  Referendado pelo Conselho de Segurança da ONU, que não condenou Israel e pediu uma investigação imparcial, como se isso fosse possível. A morte de 9 soldados da paz em comboio humanitário é mais um episódio brutal no processo de cristalização de conceitos que sustentam o Estado de Israel, progressivamente negando o complexo de vítima decorrente da perseguição a que estiveram sujeitos no passado, enquanto não organizados como nação para exercer seu pátrio poder com plenos poderes.

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Antonio Carlos Gaio:
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