Concentram-se sobre o Exército preocupações com o abalo de sua imagem perante a opinião pública diante dos crescentes erros do general Pazuello no combate à pandemia e com as acusações de genocídio chegando à intimidade da caserna. Agravado pelo livro “General Villas Bôas: Conversa com o Comandante”, do professor Celso Castro, que entrevistou por 13 horas o general Eduardo Villas Bôas, ministro do Exército da Dilma e Temer, na qual ficou claro a pressão dos militares sobre o STF para não libertar Lula e tirá-lo da disputa presidencial, bem como o agradecimento servil de Bolsonaro ao comandante por ter sido eleito graças à conspiração dos militares. O temor é que a imagem de distanciamento da política e de excelência técnica que o Exército julga ter conquistado nos últimos anos esteja se desfazendo, ao se aliar à politicagem no nível rasteiro e velhaco de Bolsonaro, obrigando-os a sair em defesa do general Pazuello para evitar sua defenestração, já que se encontra sob investigação do Ministério Público Federal e de ser submetido como assassino à execração pública em provável CPI a ser instaurada no Congresso. E acusado de não possuir títulos em Logística, não saber se expressar, mentir tanto quanto Bolsonaro, negligenciando mortos em Manaus por falta de oxigênio em troca de prescrever cloroquina, obrigando o Exército, em comum acordo com Bolsonaro, a pensar em reformá-lo com uma promoção, tal como já o fizera com o próprio Bolsonaro em 1988, de tenente a capitão. O Exército vai se transformando num sorvedouro inesgotável de fomentar maus elementos, tal como o general Luiz Andrade Ramos, ministro da Secretaria de Governo, que não se envergonha de ter criado um balcão de negócios em seu gabinete para comprar votos de políticos no Congresso em favor das propostas bolsonaristas. Exultante com as perspectivas de seu chefe e capitão se reeleger em vista da oposição se mostrar desunida, seja à direita ou à esquerda.