Isso é o que nos espera quando chegarmos à velhice. Ninguém está livre de isso vir a acontecer quando atingirmos a quarta idade. Ou até mesmo antes. Não se sabe se é reflexo dos problemas acumulados em nossa existência. Como se não déssemos mais conta do recado na vida. Ou uma transição atormentada para o Plano Espiritual. À decadência física se segue a mental. Ninguém pode se orgulhar de com seu brilhante intelecto estar a salvo dos neurônios entrarem em pane e se desgovernarem no curso dos meridianos. O verdadeiro amor é o companheiro, no papel de cuidador, fisioterapeuta, enfermeiro, o olhar vigilante de alguém que não quer perder o grande amor de sua vida. O filme “Amor”. O desempenho de Emmanuelle Riva transcende os limites de uma atriz e vai muito além do personagem, a ponto de assustar o público mais jovem, que teme assistir ao filme. Ainda mais que a dedicação de Jean-Louis Trintignant à sua mulher revela uma faceta do amor para o qual poucos adultos, na acepção da palavra, estão preparados.
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