Com 13 anos no poder e um novo mandato de 6 anos por disputar em eleição marcada para outubro próximo, o câncer se alastra em Chávez na mesma razão em que ele procura esconder que seu estado piorou à medida que o seu ego não parou de inchar. O câncer não é um inimigo inventado pelos imperialistas americanos e não escolhe ideologia para atacar. Desse mal Serra não padece, pois é um hipocondríaco xiita e, portanto, transparente nas ziquiziras. Por outro lado sofre do mal, próprio dos tucanos, de hesitar e recuar, de vacilar e não se afirmar, quando não se decide pela candidatura a prefeito de São Paulo. Se aceita, reconhece que o pleito a presidente do Brasil só na próxima encarnação, além de obrigar-se a endossar Aécio Neves no seu lugar, de quem só falou mal como um político fraco, sem garra, sem disposição para a briga, que faz a política da conciliação, e impotente para barrar a reeleição de Dilma, o que não dirá do retorno de Lula. Se não aceitar encerrar sua carreira como prefeito e mostrar-se intransigente, pode se tornar o coveiro do projeto do PSDB de se manter 50 anos no poder de São Paulo (estado e capital), em virtude da disputa ficar mais equilibrada entre políticos de menos pedigree. Mas o alto percentual de rejeição a Serra como prefeito – de novo? – pesa na sua indecisão crônica e doentia. Nem Lula discute que câncer é uma doença séria, mas fazer o partido e correligionários esperarem é sintoma de que Serra é ruim da cabeça e doente do pé, ao não acertar o passo. Serra não decide, o que significa ele mesmo anunciar o seu fim, seja como prefeito ou de ver-se rejeitado pelo seu próprio partido para não sofrer uma quarta derrota consecutiva (terceira do Serra) perante o PT de Lula e Dilma. Para os políticos, isso é pior que o câncer.
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