A guerra da Síria está transcorrendo bem diferente de no Iraque, Afeganistão e Líbia. 2 anos se passaram, 100 mil pessoas já morreram e entrou em ação o gás sarin, a arma inventada pelos nazistas para matar por sufocamento. Quanto mais tempo a guerra se arrastar, mais radical irá se tornar. Com o uso de armas químicas, Assad deseja testar Washington para desacreditar o imperialismo americano. Se Assad ainda estiver de pé depois do bombardeio americano que está por vir, ele será o cara que desafiou os EUA e ainda porá em xeque a irmandade muçulmana. A linha vermelha que Obama disse ter traçado irá virar amarela e encorajará o Irã a ir em frente em sua escalada atômica. Por outro lado, se a oposição vencer o regime de Bashar al-Assad, a al-Qaeda pode tomar conta da Síria. Não haverá a 3ª Guerra Mundial em virtude de os árabes se dividirem com tantos interesses em jogo. Mas não é por outra que o governo de Israel esteja distribuindo máscara contra gases. Os Estados Unidos e seus prepostos estão cansados de guerra, contudo, quanto aos islâmicos, em geral, não lhes resta outra alternativa para recuperar o poder de outrora e restabelecer a unidade – a utopia. Nem que tenham de cometer o suicídio sacrificando muitos dos seus. Partem do princípio de que suportam mais a morte e os infortúnios do que os ocidentais, acomodados na ideologia do consumo, do conforto e do bem-estar.