A maior prova que poderia existir para incriminar o goleiro Bruno quanto ao sumiço de Eliza Samudio foi o seu medo em cometer um filicídio, e não por se tratar de um bebê. Armou-se uma confusão desnecessária para dar um destino à criança e foi através dela que a polícia chegou à inacreditável quadrilha. Se o goleiro Bruno tivesse eliminado o filho que não quer reconhecer, não teria deixado pista quanto ao duplo desaparecimento – embora não exista crime perfeito, pelo menos que tomemos conhecimento. Mas como não era profissional no ofício de eliminar o próximo, bateu a culpa e a irrefutável confissão de que é seu filho, o primeiro nascido homem. Sem o saber, vingou o espírito de proteção.