Do confronto do que foi o governo FHC com o Lula que não estaria à altura de sucedê-lo. Ninguém mais se lembra do discurso de posse de FHC: prometeu enterrar a Era Vargas. Se meter logo com Getúlio Vargas, o espírito que anda e acompanha a evolução do Brasil na passarela da História. Pois se Vargas, ao cometer o suicídio, viria posteriormente a desmascarar os udenistas golpistas, os militares na ânsia de ascender ao poder, a república da tecnocracia em se julgar mais eficiente do que a classe parlamentar, os de maior instrução se achando mais capazes e honestos do que as classes inferiores. Aí nesse rebanho, os tucanos arregimentaram sua melhor força de trabalho para cortar as asas do Estado, canibalizando-o, reduzindo sua expressão e pondo-o de quatro para os interesses privados se servirem. Em sua política de privatização a qualquer preço, até mesmo financiando grupos estrangeiros a comprar nossos ativos através de uma estatal – o BNDES. Tornando o Banco Central dependente do que é macro para os interesses dos maiores e a total inapetência para uma política pública de desenvolvimento, voltada para incrementar o nível de emprego. O medo crônico de se crescer, recrudescer a inflação, baseado no cagaço de, a qualquer solavanco no crescimento do PIB, poder derrubar o Plano Real – o Bolsa Família do PSDB, plano esse que manipulou para ganhar as eleições de 1994 e 1998. Considerava a inflação um câncer, pouco se importando se a quimioterapia mantinha o paciente no leito. O fundamentalismo monetário foi a cachaça dos tucanos.