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O JORNAL DUGAIO ERROU QUANDO AFIRMOU QUE OSAMA BIN LADEN JÁ HAVIA MORRIDO

Julgávamos que Osama só podia estar morto por não mais ser o líder ativo da al-Qaeda, sepultado na pré-história do Afeganistão das cavernas ou implodido pelos bombões que o império americano despejou na natureza aparentemente morta dos talibãs. Tornando-se apenas uma figurinha carimbada para os americanos brincarem de colecionar. Pois não mais interessava sua estratégia operacional e tática, se sua proposta radical de internacionalizar o terror, tornando-se um sultão em seu harém composto de mulheres oferecidas por famílias jihadistas, já estava irritando islâmicos inseridos numa realidade mais tribal. Por enxergar os muçulmanos como da mesma raça e massa de manobra para manter os americanos sob pressão de estado de alerta permanente. Bin Laden estava progressivamente saindo de cena quando foi ficando démodé, necessitando pintar o cabelo e a barba de preto, prestes a ser descartado como objeto de consumo pelo mundo árabe. Protegido pelo serviço de inteligência paquistanês, hábil em acender uma vela para Alá e outra para o Diabo. O que não evitou Bin Laden de ingressar no paraíso de Alá através do portal do fundo do mar. Mas o radicalismo não morre enquanto houver ressentimento.

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Antonio Carlos Gaio:
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