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O MINISTRO JOAQUIM BARBOSA SOFRE UM ATAQUE RACISTA DE UM DEPUTADO DO MATO-GROSSO

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, foi chamado de moreno escuro pelo deputado Júlio Campos. A conotação racista se deve ao irrefutável reconhecimento de Joaquim Barbosa como carne de pescoço por não se dobrar aos interesses de ricos e poderosos, nem se sujeitar a pressões inerentes ao sistema. O que deixa mal os demais ministros, brancos ou moreninhos. Ora veja! Um deputado que se elegeu pelo Mato-Grosso não pode falar mal da tez escura, ainda mais sendo do DEM – seu partido -, notório por discriminar presidentes em virtude de sua origem. Júlio Campos só não foi preso por racismo porque, como deputado, tem direito a expressar livremente seus conceitos e a desmerecer quem quiser. Afinal de contas, perdeu a cabeça ao repudiar a alteração no novo Código Penal, que acaba com a prisão especial para autoridades e manda o deputado corrupto para a prisão comum. A grave ofensa é significativa para esfregar na cara de intelectualoides que afirmam não haver racismo no Brasil, tão somente discriminação econômica. Do episódio em si, a negritude de Joaquim Barbosa ficou como depositária fiel da ilibada moral, da honestidade, da integridade, da correção.

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Antonio Carlos Gaio:
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