Quando a ressaca dá sinais de que vai se acalmar, aparecem, na beira das praias de Copacabana e Ipanema, de ancinho e puçá na mão, os apanhadores de restos humanos de riqueza, dentre brincos, pulseiras, colares, real, dólar ou euro. A vocação ainda remanescente no brasileiro, herdada do português das colônias, de extrair o fruto da árvore sem o menor esforço. Para que trabalhar, se o mar tudo devolve? A típica mentalidade de embolsar sem pestanejar o que achar perdido nas ruas. O que é do lobo, bico calado, fique na sua.
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