O que está por detrás da notícia em rápidas palavras
  
  
Recentes
Arquivo
Arquivo
novembro 2024
D S T Q Q S S
 12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930

O OVO OU A GALINHA?

Depois do mensalão virar símbolo de um projeto de manutenção de poder quando compra o voto ou a legenda e viola a democracia, surgem os sanguessugas que arrancam propinas no superfaturamento de ambulâncias, comprometendo mais uma vez a imagem de um Congresso exaurido por tantas CPI’s envolvendo o governo Lula. Na lata, crime organizado.
O crime organizado está num ritmo e num grau que a sociedade não consegue acompanhar. O problema não está só dentro da prisão, a reposição é permanente, tem muito candidato à criminalidade. Num desafio aberto ao Estado.
A terceira maior cidade do mundo comemorou o Dia das Mães refém do crime organizado, quando o governo transferiu oito chefes da maior facção criminosa – o PCC – para um presídio de segurança máxima enquanto concedia indultos a 12 mil presos para matar as saudades da mãezinha. Dos celulares dos chefões partiu o comando para um verdadeiro exército terrorista caçar policiais dentro de suas próprias casas, jogar bombas nos fóruns e estações de metrô, matar bombeiro e guarda florestal, deixando em pânico os policiais de plantão. Até tacaram fogo num delegado de Jaboticabal depois de enrolá-lo num colchão.
Os bandidos em São Paulo estão adorando o status de terroristas, orgulhosos do feito alcançado. Uma grande jogada que deixou o poder público com as calças na mão, obrigando os gestores de Alckmin a negociar um acordo para o cessar-fogo. A globalização conectou o mundo e glorificou Osama bin Laden como o papa do terrorismo. Homens-bomba, a inspiração para se assassinar mais de 40 policiais paulistas em emboscadas ou diante de seus próprios parentes e amigos.
Urge somar todos os recursos de inteligência e repressão, mas os governos estaduais assumem uma soberba que inviabiliza qualquer cooperação federal no combate ao crime organizado, enquanto Lula ainda não construiu os presídios de segurança máxima previstos para segregar os comandantes do banditismo. Num compasso de espera que revela a dúvida: o que é que vem primeiro, investir em educação ou aumentar o número de jaulas?
O ovo ou a galinha?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Antonio Carlos Gaio
Categorias