O que é melhor? A radicalização política de impeachment versus golpe ou acalmarmos os ânimos para chegarmos a um consenso e o país voltar a crescer? Se a grande chance de tirar o PT da Presidência da República se oferece na mão grande para roubar o poder e terceirizá-lo através do Temer até 2018. Pode não parecer, mas a radicalização acaba por provocar uma maior politização ao desviar o foco para questões relevantes do país, mesmo sob ataques suicidas e explícitos de analfabetismo político. Embora cheguem a desanimar ou mesmo desesperar ver contradições expostas sem o menor nexo nas quais o autor demonstra não ter a menor noção do que está afirmando. Não há como negar que é um confronto de caráter golpista para trazer de volta o status quo da década de 1990, em que se fingia não ter corrupção ou achar normal diante de certas circunstâncias. Ou todas essas discussões acaloradas em que se perde amigos pensando diferente, como se fosse uma briga de rua entre turmas rivais, estão paralisando o país e revertendo a expectativa em investir, ao direcioná-la para o lixo das incertezas? Ou seriam facções litigantes? Se surgir um cadáver que exponha as condições intestinas de cada ideologia. O que é melhor para o Brasil? Retardar seu crescimento até que haja uma acomodação geológica que reflita um caminho encontrado, produto do consenso? Para os tucanos, seria uma mão na roda a renúncia de Dilma, pois ainda colocaria o PT, a quem chamariam de covarde, contra o seu eleitor e aficionado. Ou adotar qualquer outra solução golpista, como a sugerida pela Marina de convocar novas eleições (está em primeiro nas pesquisas). A crise não será sanada se a oposição reconquistar o poder, usufruto do complô para desestabilizar o governo Dilma e sabotar sua gestão, logo que anunciado Dilma como vitoriosa nas eleições. O PT vai se achar no direito de fazer o mesmo. Não adianta, enquanto Eduardo Cunha estiver no campo de batalha, não haverá paz. Ele tem que ser preso por tudo que chantageia, manipula e protela no Congresso, quando não partícipe de negociatas. Ou então ser alvo do pacote de maldades do juiz Sérgio Moro: trancafiar sua esposa e filha para extorquir uma confissão do psicopata que aterroriza o país. Esse é o modus operandi de Sérgio Moro, não há por que se escandalizar. Se tal não acontecer, não estará sendo feita a verdadeira justiça na Operação Lava-Jato para ela gozar dessa fama toda. Ou lhe basta mandar prender a turma do PT quase todo dia porque consegue um frenético apoio ao ouvir a voz das ruas? Principalmente se advindo da tentativa de prisão de Lula, escamoteada para condução coercitiva, originada em bobagens do tipo pedalinho do sítio de Atibaia e do muquifo do tríplex de Guarujá. Sempre buscando uma conexão com os desvios da Petrobras apurados na Lava-Jato, especialmente em relação às palestras de Lula, cuja investigação só não avançou porque FHC se utilizou de patrocinadores comuns em suas palestras. Dessa forma, para prender um presidente pelo suposto delito, tem que prender o outro, senão é discriminação. Como Moro jura por sua mãe que não julga influenciado por sua opção partidária (PSDB), declaração firmada em carta para o Supremo Tribunal Federal, eis que ele passou a ser um dos fomentadores dessa crise política, principalmente quando grampeou Lula e acabou expondo à execração pública o Palácio do Planalto. Se consumado o impeachment, se inicia outra crise com os lados invertidos de situação e oposição. Principalmente se a Lava-Jato for abafada ou radicalizada partidariamente. Por ter virado instrumento de golpe.
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