O Partido Novo só foi uma novidade nas eleições de 2018 por conta do golpe aplicado na Dilma, que resultou no seu impeachment e beneficiou toda a extrema-direita com a tentativa de extermínio do PT. O chamado Novo veio com a cara de um partido monarquista do tempo do imperador Dom Pedro II, tamanho o neoliberalismo com que veio impregnado com todas aquelas soluções propostas pelo ministro Guedes, e que deram com os burros n’água. Por isso, é também considerado uma via auxiliar do bolsonarismo, o que explica nas pesquisas para presidente nem aparecer com qualquer voto, tamanha a sua insignificância. Não para Bolsonaro, que deseja galgar no palanque do Novo, na reeleição do governador Zema em Minas Gerais, com o lema: “Em time que está ganhando, não se mexe” – interessado em sua posição de dianteira. Zema é daqueles que se declaram incorruptíveis, mas autoriza a mineração na Serra do Curral, cartão-postal de Belo Horizonte, depois de Brumadinho e outras barragens que romperam. Zema e Dória usaram Bolsonaro para se elegerem governadores e a conta chegou para cada um deles – a conta sempre chega para todos, até para a mídia. Mas não adianta, o inimigo ainda é o PT, Lula é chamado de ex-presidiário, todos pertencem ao mesmo grupamento ideológico, seja Bolsonaro ditador ou não, apesar dele temer o eleitor evangélico, se irá trai-lo ou não. Do tanto que ofende o povo pobre, o negro, a mulher, o indígena, a diversidade sexual, a cultura, a Natureza. Sem dar satisfação a quem quer que seja, julgando-se um imperador fora da lei, do tanto que despreza a sociedade organizada e os partidos. Por isso, cheiram a velho e antigo o Partido Novo, Bolsonaro e quem mais se meteu numa horda de fanáticos e beócios que, por sinal, já começam a dar sinais de abandonar o Titanic, em vias de naufragar.