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O PENSAMENTO ÚNICO NÃO DORME NO PONTO

José Dirceu afirmou que falta no mercado da imprensa um jornal a favor do governo e também de esquerda. Quando não existem em países capitalistas de peso significativos periódicos de esquerda com grande penetração popular e vendendo muito. No Brasil, a Última Hora entrou em declínio com o fim do janguismo. O Correio da Manhã fechou suas portas com a ditadura. O Pasquim não resistiu às torturas dos censores. O Jornal do Brasil até que se aguentou por um bom tempo, mas não se integrou ao pool que apoiou o golpe de 1964 em nome da tradição, da família e da propriedade, pondo todos os seus meios para eleger Collor na redemocratização, e que hoje prossegue como uma família que reza unida. Falta sim um jornal que pense diferente. Todos pensam igual com diferenças sutis que equivalem à letra minúscula de apêndice de contrato. Não há maior interesse em noticiar que Kassab, o prefeito eleito em São Paulo com o prestígio de Serra, traindo Alckmin, seu companheiro de partido, teve os seus bens bloqueados, acusado de fraude no programa de vistoria dos veículos paulistanos. A traição colocou o PSDB em maus lençóis e não rendeu frutos, pois só serviu para instalar a dissensão e criar o PSD, acabando com a raça do DEM.
Antonio Carlos Gaio:

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