“Sou extremista. Ou tenho muito ou não tenho nada. Não sei viver no meio termo; não sou daqueles que sabem viver assim. Ninguém consegue entender o extremista. É como se eu tivesse de viver no topo do mundo ou no fundo do mar; não sei viver no meio. Fui muito negligente por achar que não viveria muito tempo. Por isso, vivi descuidadamente. Eu gostaria de ter sido mais inteligente, mas, para os meus 40 anos, acabei velho muito cedo e sacando as coisas tarde demais.” Palavras que sugerem um traficante arrependido nesta Cidade de Deus, mas que vêm de Mike Tyson no documentário realizado sobre sua trajetória triste e sua inigualável força demolidora no boxe, que lhe conferiu uma fama de violento e descontrolado que, fora do ringue, levava perigo à coletividade, chegando a ser preso por um estupro que não cometeu. Com uma infância e adolescência a caráter para formar um marginal, como qualquer dos muitos que aqui aderiram à força armada do tráfico de drogas. Mike Tyson agora quer ver seus 6 filhos casados e formados na faculdade, mal esperando um neto. Sonha em ser uma pessoa melhor, pois não gosta do que se tornou. Honestamente, considera-se insano e um mistério, tanto o seu passado quanto o seu futuro. Como iluminar a obscuridade que o avassala?
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