Por entender tanto de saúde e se recusar a falar de economia, Serra seria um perfeito ministro da Saúde. Dilma continuaria como a mãe do PAC. Marina bem que poderia encabeçar a pasta da Educação e realizar o trabalho missionário de dar mais educação ao povo brasileiro. Plínio Arruda iria cuidar do MST e da reforma agrária. Lula seria o ministro do Exterior itinerante que levaria a palavra do Brasil mundo afora. Palocci, o super ministro da Infraestrutura, no mister de cuidar que as obras para as Olimpíadas e a Copa do Mundo saiam a contento, quando aprenderia a gastar mais, dispondo do dinheiro do petro-sal para acabar com o rombo da Previdência e exterminar a dívida externa, calando a boca dos eternos insatisfeitos com os gastos públicos. O PT e o PSDB formariam a base no Congresso para propiciar governabilidade ao presidente sem a interferência de fisiológicos e oportunistas. E aí começariam os problemas: os 300 parlamentares picaretas de quem Serra tanto reclama sempre foram maioria e representaram a parcela majoritária da população. A não ser que a onda do ficha limpa nos livre da pestilência que a marginália da política exala e liberte o presidente da República das garras dessa canalhada, pintando um panorama promissor para o Brasil em que o presidente eleito não mais estaria sujeito à carga de não ter o direito de errar.