Jovens analfabetos políticos se acharam no direito de importunar o maior compositor da história da música brasileira, Chico Buarque, depois de um jantar no Leblon com Cacá Diegues, Eric Nepomuceno, Miguel Faria Jr. e outros, por dar seu apoio a Dilma. Chamaram-no de merda e questionaram seu apartamento em Paris, confundindo-o com a classe política e com FHC, que também lá tem um apê. Obrigando Chico Buarque a responder: PSDB é (que é) bandido – sem erguer a voz, mantendo o seu sorriso doce característico, no lugar da cara de marginal de filhinhos de papai rico e corrupto que o cercavam. Saiu natural o PSDB bandido em razão do confronto estimulado pela mídia sem escrúpulo entre o PT bandido e o PSDB ético e honesto, o mocinho do filme. Nunca ninguém antes, muito menos com a estatura moral de um Chico Buarque, se expressara tão claramente a respeito do PSDB bandido. Não que roube mais ou menos do que os outros partidos e sim por ser mais bandido ao querer entregar as riquezas do país de mão beijada (pré-sal e privatizações) e por não mais se incomodar com suas ideias reacionárias e atrasadas, que ganharam um status golpista e de péssimo perdedor. Subsidiando com seus governos estaduais tucanos a revista Veja para transformar em idiotas seus leitores e levá-los a adquirir um comportamento irascível, próprio dos fascistas, como os que abordaram Chico. Ainda bem que foi o gênio Chico Buarque, que postou em sua página no Facebook a música “Vai Trabalhar, Vagabundo!”.