O fratricídio teve início nos finais dos anos de 1.300 no que viria a ser a Turquia, quando Beyazit I mandou estrangular seu irmão caçula, sem ele haver feito nada. Medida apenas de caráter preventivo para evitar guerras de sucessão e o consequente enfraquecimento do Estado, mas que virou lei. A hegemonia acima do caráter de irmandade. À frente do tempo de Ricardo III, que matou seu irmão e seus dois sobrinhos, ainda crianças, e da sanguinolência dos czares. Selim I ordenou que todos os seus herdeiros fossem mortos, poupando apenas o filho Süleyman, que se tornou o Magnífico (1520-1566) por levar o império otomano ao apogeu, o mais longo de sua história, cuja expansão territorial abrangeu Belgrado (1521), Budapeste, Argel, Bagdá, Túnis (1535), batendo às portas de Viena e varrendo a Península Árabe e o Norte da África até o Sul do Sudão, alcançando a cifra de 22 milhões de súditos. Uma das escolhas mais acertadas que já se viu num soberano, que mostrou possuir um olho clínico que deveria ter entrado para a História. Mas a História é demasiado benevolente para uns e cruelmente ingrata para outros.