Em exibição, o filme “Uma noite em 67”, de Renato Terra e Ricardo Calil, que é muito mais dos que tentam rebaixar documentários, por considerarem a TV como seu veículo mais adequado. Em discussão, o Festival da Record, que mudou os rumos da MPB, quando a bossa nova já tinha causado um rebuliço no cancioneiro romântico. O patrulhamento ideológico em defesa do samba de raízes e da música de bom gosto, em oposição às guitarras e às letras pobres da Jovem Guarda. Caetano Velloso, como todo bom leonino, sente saudade do fato de ter sido fisicamente mais jovem, do ponto de vista básico de seu corpo, de sua agilidade, de sua resistência: “quando se é jovem, você sente essa alegria sem pensar nela”. Gilberto Gil, ao lembrar-se de seus 8 filhos, prefere realçar o amadurecimento no entrar dos anos a fio, expresso na paciência e na tolerância para saber bem lidar com o seu eu dividido, a ter que decidir por qual caminho trilhar, a todo o momento. Será melhor viver impregnado de alegria, alegria do que dar voltas em torno de si mesmo num domingo no parque?