O juiz Sérgio Moro afirmou que não tem preferência partidária embora tivesse participado de uma palestra promovida pelo grupo empresarial de João Dória Jr., candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB e apadrinhado por Geraldo Alckmin. O que ele ganha nos fazendo de bobos? Pode sim se dizer que seu conhecimento político não condiz com seu prestígio e fama adquiridos com a prisão de empreiteiros e incriminação de políticos, pois só percebeu que caiu numa enrascada de mandar prender Lula e embarcá-lo para Curitiba quando a massa petista esmurrou as divisórias que cercavam o local de interrogatório da Polícia Federal em Congonhas para resgatar Lula do sequestro. A prisão era tão certa que os deputados federais Bolsonaro e Francischini (do Solidariedade e ex-PSDB) já estavam em Curitiba soltando rojões em comemoração. O que eles, os golpistas, não esperavam, era que Lula se ofereceria para ser imolado, no ato do sequestro: colocou seus punhos à disposição do delegado para serem algemados. Pronto para se transformar em mártir e o feitiço virar contra o feiticeiro, com o mito Lula crescendo ainda mais se for bem explorado em campanha eleitoral – prato cheio para qualquer marqueteiro. Com Lula preso aí é que a situação poderia piorar para quem prendeu, seja Moro, Conserino, mídia (a Globo vai ser perseguida) ou o próprio PSDB. Por isso, já surgiu a turma de pedir cautela e prudência. A eterna consagração da hipocrisia no Brasil.
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