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O QUE SERÁ QUE ESSA MULHER VIU NESSE HOMEM?

Será que ele abre janelas pelas quais ela pode expressar seu talento? Dizer o que pensa, dar o seu recado? Pois está nítido que ela não o ama. Será que ele lhe dá tanta segurança diante de tanta hesitação por qual caminho optar? Mas aí é se colocar no lugar de mulher frágil e transformá-lo no pai, não no marido.
Não se trata de diferença de idade, já que hoje aparência rebaixa ou supervaloriza para superfaturar, o que é sonegação de caráter. Mas pesa na balança, pois todos procuram no casal um ter-a-ver que no mínimo tem que comprometer o espírito, senão o savoir-faire de gozar a vida em diferentes posições desde que não quebrem os ossos.
Como é que pode a fulana agüentar aquela mala que se julga tão resoluto e apto a solucionar qualquer problema? Além de botar uma banca que não condiz com a irrealização de seus sonhos. Mesmo falido, restou à raposa ir direto ao ponto e se transformar na razão de sua existência. Mas se ele nem faz o seu tipo, por que acreditar nesse papo paternal e compreensivo, ó mulher carente e solitária? Só se ele der algo que nenhum relacionamento até hoje lhe propiciou. Aí interessa, negócio fechado.
Mas as más línguas só pensam no dinheiro ou sexo para explicar o orgasmo que deu partida ao casamento. Vai ver que ele gosta muito dela e lhe dá o direito de fazer o que quer. Mas ela precisa de permissão? Ora, seria muita nobreza para quem paga a conta. Se for sexo que segura a relação, não há tesão que sustente algo que deu liga nas asas do desejo. Quando é preciso química para que a combinação de espíritos se desenrole e solidifique. Por isso é que atores se casam durante o filme tamanha a fantasia da ficção.
É perfeitamente compreensível o inconformismo de umas poucas que apelam para as forças de segurança, seja vindo das hostes da polícia militar, bombeiro, milícia ou até mesmo bad boy excluídos dos quadros oficiais, que garantem a paudurescência necessária para dar a ilusão do amor de um guarda-costas por sua ama e senhora.
Francamente, minha filha, é por isso que virou senhora ao lado desse pombo sem asa. Aproveita e voa para bem longe antes que seja tarde. Esse homem não dá ponto sem nó. Será que perdeu a noção do ridículo? É de dar pena ver-te ao lado dessa osteoporose mental ambulante. Ao menos, goste um pouco mais de ti. Dê uma guinada, pois se não acreditar, ele prosseguirá no saque de suas qualidades. Não perca seu tempo com quem subsiste chupando carótidas. Por inércia, se julgam acima do bem e do mal.

Antonio Carlos Gaio:
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