A Espanha recebeu procuração da Comunidade Européia para fazer o trabalho sujo e fechar as portas para vagabundos brasileiros, bolivianos drogados, prostitutas venezuelanas, ladrões argentinos, africanos mortos de fome, muçulmanos ocidentalizados e a raça insuportável de estudantes que não estuda nem sai de cima.
Aumentaram o rigor em barrar o ingresso de desocupados que se metem a besta no Condomínio Europa, a fim de proteger o alto padrão de vida atingido, não permitindo que gente sem qualificação roube seus postos de trabalho. Se já eram antiamericanistas, ficou fácil depois que Bush os obrigou a abrir fogo contra os iraquianos, sob ameaça dos mesmos mísseis com que os palestinos infestam os céus de Israel.
Globalização já era, Europa é um condomínio de luxo, a alfândega virou guarita dos seguranças, interfone não funciona, a conta bancária é o preço para se ingressar e desfrutar das instalações de primeiro mundo. Típica mentalidade de nouveau riche, de quem nunca comeu mel, quando come se lambuza, ignorando a sabedoria iídiche: “Para o verme num rabanete, o mundo inteiro é um rabanete”.
Preserva-se a cultura do Velho Mundo, o intacto poder aristocrático atuante no tratar os súditos como inferiores e a continuar exportando para o Brasil o que tem de pior: pedófilos e turistas em busca do sexo rasteiro. Quando não arrumam uma esposa para transformá-la em doméstica ou escrava do sexo, na falta de mulher decente no velho continente. Aqui encontram calor humano e tapete vermelho para desfrutarem de nossa alegria de viver. Não vai ser uma bala perdida que irá lhes tirar o sonho de ter abandonado aquele inferno de regras e costumes que cheiram a mofo.
Sem contar a ingratidão. Por termos acolhido os refugiados da 2ª Guerra Mundial, enquanto cultuavam Hitler, Mussolini e suas extensões, Franco e Salazar, que ainda perduraram até surgir o notável Almodóvar, que libertou o povo ibérico da necessidade de provar que são homens.
Ainda bem que as ditaduras na América Latina acabaram e não se precisa pedir asilo político a Paris. A Europa se fechou em copas para defender seu status quo e o que vem de baixo não a atinge.
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