A ciência e a racionalidade arvoram-se na tentativa de explicar e comprovar todos os fenômenos da existência. Ou só aqueles que seus mecanismos intelectuais podem dar conta no limite da capacidade do desenvolvimento humano? Por que se atêm a combater a figura de Deus e não partem para provar que Ele não existe? Baseados na pura lógica e com argumentação sólida. Desmontando todos os fenômenos parapsicológicos e espirituais que jorram todos os dias com sinais evidentes que só a má vontade justifica arquivar num recanto escondido na memória.
Como negar o sol que nasce todo dia. Por não ver através dele todas as coisas que movem o mundo. Por entender que tudo isso é apologia da religião, a neurose obsessiva e universal da Humanidade. Quando está em jogo a polaridade de visões sobre a formação e a existência do Universo, do planeta e do ser humano. Pode ser que, ao final da disputa pela supremacia da verdade de cada um, esta seja uma maneira de reafirmar Deus. Porém, antes de tudo, não há que discutir religiosidade, e sim desbravar o inconsciente. Senão passa por deficiente, afetado pela infantilidade de dizer que somos desorientados à procura de um pai perdido quando invocamos Deus, ao precisarmos de um Criador para não nos valermos de nós mesmos.
Quando o que está em questão é a condição humana. O que se descortina são as múltiplas maneiras de nos conceber. E não somente mentes brilhantes que, depois da morte, viram pó para sobrevir o Nada. Empobrecendo nossa trajetória. Por evitarmos conversar sobre esses dilemas salvo se imersos em grandes crises, nas quais procuramos saídas para o medo não enraizar e nos manietar, sem mais a menor capacidade de reação. Apenas pelo fútil motivo de não recuar perante um desforço contra Deus.
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