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O REI DA COCADA PRETA

Moreirinha, o deputado encarregado de acusar os seus diletos amigos parlamentares quando ofenderem a ética e a moral do Congresso, é dono de um castelo na Zona da Mata mineira, em São João Nepomuceno. Sonhem com 8 torres, 32 suítes, 18 salas, 275 janelas, aquecimento central, cozinha industrial para atender 200 pessoas, adega para 8 mil garrafas, piscina, cascata, lago artificial e capela, para agradecer a Deus a graça concedida. Intitulou o castelo de Monalisa, se apropriando de seu sorriso enigmático para esconder que está sendo processado por apropriação do INSS de seus funcionários, afora não pagar salários, 13º, hora extra e Fundo de Garantia arrolados em 2.700 ações trabalhistas. Afundado em dívidas, o capitão da PM reformado, que explora negócios de segurança e vigilância bancária, está impedido de vender seu patrimônio imobiliário, dentre triplex, mansões e imóveis em Juiz de Fora, acumulado a duras penas de encontrar uma brecha ali, outra aqui. Há dúvidas em fichar Moreirinha, se como senhor feudal de seu castelo brega ou coronel do sertão, se nunca passou de capitão da Zona da Mata. Perdeu o rumo e a dignidade que um pai carteiro e mãe professora primária lhe ensinaram, não medindo conseqüências para seus filhos não serem pobres como um dia ele foi. Se Moreirinha fosse para a cadeia, o seu exemplo não teria sido em vão.

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Antonio Carlos Gaio:
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