Os manifestantes conseguiram uma vitória notável contra Jacob Barata, o Rei dos Ônibus no Rio de Janeiro. Acabaram com a recepção do casamento de sua neta no Hotel Copacabana Palace, pago com a usual sonegação de impostos nesse setor da economia, que permitiu ao Barata avançar e participar de terminais rodoviários, agências de publicidade, rede de farmácias (Drogaria Pacheco), construtoras, o que o diabo lhe oferecia. Se as vidraças do requintado hotel permaneceram intactas, graças à tropa de choque do Sérgio Cabral, o mesmo não se pode dizer da cabeça de um manifestante, atingido por um cinzeiro atirado por um dos herdeiros do Barata. Despertando o alto nível dos convidados, que lançaram uma chuva de notas de 20 reais, sob forma de aviõezinhos, para provar que todo homem tem seu preço, ao corrigirem a redução pleiteada de 20 centavos na tarifa, aí incluindo a taxa de suborno. Donde se conclui que o oligopólio formado para explorar a mobilidade urbana sonegava a planilha de cálculo da tarifa de ônibus para a população não saber qual o destino do pinga-pinga pago diariamente vencida a catraca.
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