Nos livramos do cinismo, da sensação que estavam passando vaselina e do ar professoral do governo anterior, para embarcar no atual, pleno de contradições que fariam corar o mais bêbado dos sapos barbudos.
A promover a luta de classes confrontando cortador de cana e professor universitário, jogando o povo contra o servidor público, enquanto demonstra medo de mexer no ninho de cobras legado dos tucanos no manejo virginal da taxa de juros e na subserviência aos padrões macroeconômicos capitalistas que emporcalham a democracia. Lança pedras no telhado de vidro do Judiciário, ao passo que negocia a ampliação da base de apoio ao governo, evitando ferir suscetibilidades de congressistas na caça a sonegadores e devedores da Previdência, decretando ser incobrável a dívida.
O que torna o rombo um termo tão constrangedor quanto os conselhos de Lula a respeito de comer cru. Se apressado. Como também o de ter engravidado sua esposa logo no primeiro dia do casamento – porque pernambucano não deixa por menos -, e esperar o filho nascer, para justificar o governo que ainda não começou.
Como se diante de tanta máscula energia pudesse aguardar a lua-de-mel. Se debaixo dos panos, a verdade é outra. Se na tertúlia com o eleitorado se autoproclamou lulinha paz e amor. Favorável ao amor livre, para atrair a quem esperava. Pois sempre alcançam. Desde que, olho no olho, a atração não vire traição.
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