Militar da ativa tem de ser apartidário e não pode se misturar com atos de natureza político-partidária. Foi o que Bolsonaro não cumpriu e determinou ao general Pazuello, ministro da Saúde, em maio de 2021, a participar de uma motociata no Rio e fazê-lo subir num carro de som a propagar a campanha presidencial, não permitida por se realizar fora do prazo previsto em lei. Em sua defesa, o servil Pazuello negou as intenções do evento e que se surpreendeu com a proporção que tomou, achando mais seguro ficar na área reservada (ao lado do Bolsonaro), só se manifestando de forma improvisada e cumprimentando os presentes. Conivente, o general Paulo Sérgio Nogueira, então comandante do Exército, arquivou o processo e fez jus ao posto de ministro da Defesa, perseguidor incansável das urnas eletrônicas em prol de fraudar as eleições e sagrar Bolsonaro como imperador de Roma, quando ele impôs sigilo por cem anos sobre esse escândalo. Pazuello se deu bem ao se investir de um gordinho metido a engraçado como bobo da corte, e surpreendentemente se elegendo. Enquanto Bolsonaro é um bandido que quase conseguiu passar a perna na sociedade brasileira. Mas e o Exército? Vai fingir que não se alinhou ao ditador? Até recentemente, a partir do golpe frustrado de 8 de janeiro. Dissimular que lhes caiu muito bem o cabide de empregos nos órgãos públicos, o aumento de salários quase ao nível do Poder Judiciário e uma reforma da Previdência bastante camarada? Quando se sabe onde teve golpe no Brasil, com as Forças Armadas fazendo continência. Que tal começar por aproveitar os novos tempos mudando o currículo do que é ensinado em instituições militares? A soprar a poeira do antigo e ultrapassado para bem longe. A não tratar o povo como se burro fosse, se Pazuello foi eleito.