Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Kurt Cobain e, agora, Amy Winehouse. Qual é a maldição que leva à morte ícones do rock e do pop aos 27 anos? Sem contar o pintor Basquiat e o ator Heath Ledger (com 28 anos). Geralmente, a causa mortis é encarar a vida como ela é carregando nas tintas, exagerando no tom, sinalizando que irá abandonar o palco, amedrontado pelos obstáculos que virão e não mais ser capaz de ultrapassá-los com o correr do tempo. Pois não abrem mão da verdade nua e crua, à qual não querem enganar. Sentindo-se açoitados pela verdade dos fatos, a sensibilidade vai sendo duramente atingida nos seus pontos mais fracos. A overdose dos acontecimentos vai minando suas resistências. O sucesso e a fama, a sorte de poucos, não os salvam da degola. De que serve o talento, se o amor se encontra acima de inúteis expectativas e não os resgata da enrascada em que se meteram? De não darem conta da encarnação para a qual foram escalados, apesar do talento com que nos encantaram e outros encantarão. Segundo Amy Winehouse, o amor é um jogo de azar, uma aposta perdida, um resignado destino ridicularizado pelos deuses.
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