Jarbas é mais um que se cansou. Decepcionado com a política e, principalmente, com a classe política, hoje totalmente medíocre. Governo e oposição, igualmente medíocres. A mediocridade contamina os diversos setores do país e não é à toa que o Senado e a Câmara estão piores. Lula não é o único, mas é conivente com a corrupção. Câncer que se impregnou no corpo da política e precisa ser extirpado. O inconformismo de Jarbas provém do MDB histórico que combateu a ditadura, mas reage com atraso ao Sarney vir a transformar o Senado num grande Maranhão. Jamais achou o PFL indigno e ACM um retrocesso, quando ele fazia e acontecia no primeiro mandato de FHC. Nem levantou restrições de ordem moral quanto ao collorido Renan Calheiros ser Ministro da Justiça de seu chefe e presidente. Era feliz e cheio de amor para dar como governador de Pernambuco. A derrota contundente de seu candidato nas eleições para prefeito de Recife e a perda de espaço político trouxeram amargura e razinzice, a ponto de negar a melhora nos indicadores sociais do país, cuspindo no prato que comeu. Acusando o pobre de vender seu voto por 150 mil réis. Por que será que Jarbas não bate com o mesmo fervor no juiz supremo Gilmar Mendes, que irá esvaziar as cadeias? Por ambos manterem uma cordialidade tucana que não sai do armário? Por que Jarbas não mostrou o mesmo espírito empedernido com a privatização da Vale do Rio Doce, a compra de votos para reeleger FHC e as CPIs que se calavam diante das privatarias? Por ser fiel ao Serra e sua candidatura à Presidência? Por ser um espião tucano nas hostes do PMDB, cuja esperteza e senso de oportunismo político levantarão a bandeira do combate à corrupção? Para roubar a indignação da classe média, que não consegue as mesmas benesses usufruídas pelo povo? O moralismo sempre andou de braço dado com a hipocrisia.