E nessa dança de pernas,
braços e lábios, sentimos
o quanto nossos corpos
são sábios em fazer
sem precisar dizer.
E quando o toque
dá choque e arrepia
e a pele na pele sacia,
a sensação basta
e o tempo passa
sem a gente perceber.
A gente treme de prazer
e não precisa dizer.
A palavra só tenta, não toca.
É o toque que alimenta
e abre portas.
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