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O VOTO DOS AMERICANOS NÃO INTERFERE NO DESTINO DA WALL STREET E DA INDÚSTRIA DE GUERRA

Como se fosse a Regina Duarte, Mitt Romney explorou de forma pérfida o voto dado ao Obama quatro anos atrás, quando não teria correspondido à esperança e mudança depositadas nele. Não faltam fanzocas deslumbradas para tecer loas à decantada democracia americana, mas seu traço peculiar mais forte é o presidente norte-americano não conseguir se impor à República da Wall Street, que reúne os conglomerados financeiros protagonistas da especulação financeira que rege as leis do mercado. O mercado, como um Deus, está acima do sentido de humanidade de uma sociedade materialista como a dos americanos. Além de o presidente eleito ter que bater continência ao aparato bélico e à inteligência militar, cuja sublime missão é a de defender o império americano de agressões à sua filosofia de viver, para todo o sempre. Nada disso é absurdo para Clint Eastwood, o garoto de programa dos rivais de Obama, quando tirou as dúvidas quanto aos seus personagens cafajestes e situações reacionárias contidas na maioria de suas ficções brilhantes. Fazem parte de seu DNA político.
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Antonio Carlos Gaio:
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