Obsceno é este governo
Que se veste de homens de bem
E investe em tudo
Que não nos faz bem
Obsceno é o aceno
A ditadura
Veneno anticura
Florestas queimando
Obsceno é o racismo
Que ainda impera
Em todas as esferas
Da vida diária
E a obscenidade não para
Feminicídio
Genocídio de índios
Morte à cultura
E à educação
Este governo
Vai na contramão
Dos direitos humanos
E ainda há quem passe pano
Para a familícia
Obscena é a maldade
De negar a ciência
Editar a história
Renegar a memória
De um povo sofrido
São tantas obscenidades
Que eu nem consigo acreditar
Como é que ainda há
Gente que defende
Estas monstruosidades
Posso falar a verdade?
Uma mulher nua
Não tem nada de obsceno
Nem muito menos o prazer
A cena mais obscena
É ver o governo nos foder!