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OLHO POR OLHO, DENTE POR DENTE

Ghislotti teve seu filho de três anos violentado. Foi como se a estripassem até as vísceras.
Detido, o estuprador de 15 anos, com um sorriso marrento, debochou: “Isso não vai dar em nada, sou de menor”. Foi como se esbofeteasse a mãe.
Ghislotti cravou uma faca na jugular da besta-fera e se tornou uma assassina.
Privada dos sentidos, fez justiça com as próprias mãos ao achar uma faquinha velha no canto da delegacia, transferindo o moleque para a justiça que tarda mas não falha.
Respaldada pelos seus cinco filhos, sentencia: “Quem faz isso com uma criança não tem direito de viver”.
Se preciso for, ela matará novamente ou morrerá por seus filhos, afinal de contas, estuprador tem que morrer. Gay enrustido que não tem coragem de encarar um marmanjo. Nem pensar em prostituta – não dará conta! -, por isso apela para as crianças.
O legado dos adultos está tirando o ar para as crianças respirarem um mundo melhor, obrigando-as a se tornarem precoces na escolha de seu caminho na esperança de logo amadurecerem e desfrutarem dessa maravilha que é a vida.

Antonio Carlos Gaio:
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